As dez melhores músicas internacionais de 2013 - até então

Ah, os finais de semestre e suas listinhas marotas... Depois de escolher minhas favoritas do internacional e do nacional para o Rock 'n' Beats, em um post que deve sair em breve por lá, comecei a estruturar as listas aqui para o BACKBEAT, para não perder o costume iniciado no fim do ano passado.

De um jeito bem atípico na minha vida, comecei dessa vez pelas minhas escolhas internacionais - só 10, para começo de conversa. Em dezembro a gente chama todas as bandas de novo para uma reunião estratégica e tudo pode mudar. Ainda vem muita coisa boa por aí...

P.S.: Peço desculpas sinceras a "Bagboy", do Pixies e "Do You Wanna Know?", do Arctic Monkeys: tentei achar um lugar para vocês, mas não deu dessa vez.



10 - Walk Of Shame - Deap Vally

Em 2011, um ano que foi musicalmente sensacional para mim, meu álbum preferido foi o de umas garotas que eram cria do Jack White, as The Black Belles, das quais, infelizmente, nunca mais ouvi falar. Só que dia desses me apareceram com o Deap Vally, duas meninas que tocam, respectivamente, guitarra e bateria. E pronto, só isso, não precisa de mais nada - como o Black Keys cru de início de carreira. Elas me lembraram bastante o espírito das Black Belles. Só que são ainda melhores. E agora, pouco depois de escutar o álbum delas, Walk Of Shame foi eleita minha favorita. Até então. 



9 -  Designer Drug - Mayer Hawthorne

"Mayerzinho" seria a minha única explicação se eu não exigisse a mim mesma um pouco (bem pouco) de sensatez. Esse cara é fantástico sem ter que ser grande. Nunca imagino Mayer Hawthorne e todos os seus coraçõezinhos sendo grande. Mas espero que ele continue aparecendo para uns bons shows de festa (que nunca vi, infelizmente). Das amostras de seu novo álbum, que estamos ansiosíssimos para conhecer, escolhi Designer Drug por melhor representar aquela boa e velha feel good song que nós amamos. Mayerzinho.



8 - My Number - Foals

O Foals, para mim, é uma banda curiosa. Vivo em amor e ódio constante com eles desde que baixei Mathletics, em 2007 - o nome do álbum era ótimo e me diziam que a banda era legal. Mas eu não achei a banda tão legal assim. Encontrei-me com ela em Holy Fire, um álbum que não ouvi por tantas vezes, mas do qual adquiri algumas paixões - e entre elas, na hora da decisão de qual entraria aqui nesta lista, optei por My Number, uma canção que poderia ser facilmente do Metronomy



7 - Instant Crush - Daft Punk Ft. Julian Casablancas

Uma escolha mais certa talvez seria Lose Yourself To Dance, com Pharrell sendo mais certeiro do que em Get Lucky em seus vocais e emprestando uma energia incrível para as pistas de dança (experimentem). Mas como esta é uma lista feita com o coração, não poderíamos deixar de lado meu amor por Julian Casablancas e, claro, essa pérola que ele fez com os robôs, em um dos melhores falsetes de sua carreira - embora eu sinta uma falta danada daquela voz arrastada e blasé dos primeiros trabalhos. 

6 - Freedom - Anthony Hamilton Ft. Elayna Boynton

Django Unchained foi uma das boas surpresas do ano. Não só pelo bom e velho Tarantino. Não só pelo Christoph Waltz fazendo um par de coadjuvantes sensacional com Leonardo Di Caprio. Foi também pela sua trilha sonora. Que trilha sonora! Nunca havia escutado nenhum dos intérpretes de Freedom, mas essa música me cativou desde a primeira vez que assisti ao filme, sentada na cadeira do cinema, sem ter que pensar se prestava atenção nela ou no flashback do Django - afinal, aquilo era extremamente harmonioso.



5 - Melody Calling - The Vaccines

Você nunca imaginaria que o Vaccines iria tocar algo assim. Eu também não: ouvi esta música primeiro no show que assisti em São Paulo e senti uma golada oitentista descer pela garganta, mas bem longe de qualquer resquício punk: eu naveguei em um Pet Shop Boys e bati num iceberg de Tears For Fears, um sentimento digno de Antena 1. Algo que eu gosto. Mas, para ser Vaccines, é só estar lá, bem segurada pelo Justin Young, esse cara que, se você ainda não viu fazendo nada ao vivo, é bom providenciar.



4 - Suit & Tie - Justin Timberlake Ft. Jay Z

Clichê: jamais poderíamos imaginar que, de um Bye Bye Bye inocente, sairia o dono do Napster Justin Timberlake, o monstrinho Justin Timberlake. Monstrinho porque sua experiência 20/20 é uma homenagem de classe à boa disco/soul/everything. E Suit & Tie já traz classe no nome e algo me faz acreditar que ela é bem melhor do que a queridinha do álbum, Mirrors. Não sei se é o Jay Z, não sei se é o Justin falando que estará de terno e gravata e pedindo para mostrar algumas coisas... Essa música pega.



3 - Pink Rabbits - The National

De início, minha música favorita do Trouble Will Find Me, o novo do The National - que dividiu opiniões, por sinal - era I Need My Girl, uma música tão modorrenta que chega a ser fantástica. Mas como boa apreciadora de boas canções pop, logo fui conquistada pela tímida Pink Rabbits, a música que traz uma versão de TV para uma pessoa com o coração partido - uma frase que nos oferece tantas possibilidades de significado que, quando paramos para pensar, já estamos viajando com ela e com os vocais do ótimo Matt Berninger



2 - Start Anew - Beady Eye

O Beady Eye até tinha me cativado em seu primeiro álbum, mas logo as canções se mostraram esquecíveis. Só que BE, o segundo trabalho, é diferente. Tem um acerto ali que é perceptível desde a primeira faixa, Flick Of The Finger, e que vai nos carregando para todo o trabalho sem maior esforço. Start Anew, no entanto, é daquelas que nos prendem do começo ao fim. É uma típica balada Oasis - uma balada do Noel - que nós gostamos de amar. Não gosto tanto de uma canção de amor do Liam Gallagher desde Songbird (Heathen Chemistry, do Oasis, 2002). E eu, que também não gosto do Liam Gallagher, sinto até vontade de abraçá-lo. Parabéns, Liam. Você mudou minha cabeça e eu sou sua.



1 - I Sat By The Ocean - Queens Of The Stone Age

Não é de hoje que venho caminhando, em conjunto com algumas pessoas, para, algum dia, ser uma grande teórica dos homens-mocinha. É um fenômeno tão forte que já se tornou praticamente comum nas novelas das nove, nos seriados (Ted Mosby, do How I Met Your Mother), nos filmes (Tom Hansen, definitivamente)...  E por que não na música? Mesmo quando vem de uma banda com colhões de sobra? I Sat By The Ocean é sobre uma desilusão amorosa, sobre tomar um porre para esquecer de alguém que, na verdade, só vai ser esquecido quando tudo for deixado para lá e ele procurar alguém novo. E a mulher cantada é que levanta seu pinto metafórico, jogando isso na cara do eu-lírico. Não que seja algo tão novo para o QOTSA (não é preciso ir longe, é só pescar o clássico Go With The Flow). Mas é a música certa para um momento muito certo da banda. E que, com seus riffs grudentos e os vocais que os preenchem tão bem, me pegou de jeito e alcançou o primeiro lugar do meu coração neste ano. Até então.

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