Resenha: Como foi a pré-estreia da BBGG no Bar do Zé, em Campinas



A BBGG, banda recém formada em São Paulo, fez seu primeiro show no dia 26/9, em Campinas (SP), no tradicional Bar do Zé. Formado por três garotas e um rapaz, o grupo já apareceu aqui no Backbeat, apresentado por Karina Pilotto, contando um pouco sobre sua formação e a recente trajetória.

O quarteto, composto por Alessandra Labelle ("Ale" ou "Gringa", para os íntimos) na guitarra, Débora Camiotto no vocal, Joan Bedin no baixo e Julio Mairena na bateria não poderia ter tido uma pré-estréia mais satisfatória: a atração da noite era os veteranos do Rock Rocket e o Bar do Zé, velho conhecido da guitarrista Ale (que por muitos anos residiu em Campinas), comemorava 15 anos de existência.

Mesmo em uma sexta-feira chuvosa, amigos, curiosos e, claro, fãs da banda principal encheram a casa antes da meia-noite. A pista de dança, ao contrário, ainda estava vazia, apesar do horário e dos hits clássicos do indie-rock já ecoarem do DJ set da noite. Quando os Bebês Gigantes (sim, BBGG é a abreviação de "Bebê Gigante") subiram ao palco olhares (e ouvidos) intrigados foram surgindo, como é de praxe acontecer quando uma "banda de meninas" se apresenta  e, mais que isso, quando a banda em questão se apresenta pela primeira vez.


Para além do ineditismo e da formação majoritariamente feminina, as garotas chamam a atenção. Não é pra menos: de um lado, a baixista Joan com seu porte de musa germânica andrógina com prováveis 1,80m de altura; do outro, a guitarrista Ale, que não alcança os ombros da colega de banda mas esbanja beleza de sobra com seus longos cabelos ruivos; entre as duas, Débora empunha o microfone com todo o figurino, charme e desenvoltura de uma rockstar e, ao fundo, o único barbado da banda tem plena consciência de que nem suas baquetas nervosas (ou a estrela tatuada na perna) desviariam a atenção da platéia nas moças no front.

Apesar da primazia estética, a BBGG não se deixou limitar a isso. Dentro do que se propõem a fazer – e no contexto de (pré)estréia, que apresentou uma guitarrista ainda contida e uma baixista visivelmente tímida –, a banda pareceu superar as próprias expectativas, surpreendendo e brindando o público com um rock 'n' roll cru e frenético, com influências de stoner-punk e pegada pop.

A música Vs Angel deu início ao show para que, em seguida, fosse emendado o single já conhecido por parte da platéia: a chiclete Slippery Blonde, primeira e única faixa disponibilizada para audição pelo quarteto. O setlist seguiu com as enérgicas Little Red Dot e My Bedin, canções escritas por Mairena em homenagem às companheiras de banda Ale e Joan, respectivamente; Saturday Light e Red Couch Confessions deram continuidade à apresentação até Débora anunciar o fim do repertório com Defenseless, música em que ela se apodera da guitarra e Alessandra assume o posto de vocalista, com o qual sempre teve mais intimidade antes de integrar a BBGG.


Os últimos acordes da saideira foram seguidos de aplausos prontamente substituídos pela volta da discotecagem, sem que houvesse tempo pra qualquer pedido de bis da platéia, aparentemente disposta a acompanhar a banda por um tempo extra. Na condição de recém-nascidos, os bebês gigantes tiveram o cenário ideal: o repertório era limitado e eles provavelmente não tinham cartas na manga para atender a um eventual coro de “mais um!”, mas foram fiéis ao objetivo de realizar uma apresentação com músicas próprias do início ao fim.



Aos curiosos que pretendem conferir um show da banda, um trecho de Little Red Dot gravado na pré-estréia do Bar do Zé e postado na página da BBGG no Facebook é uma boa prévia do que será a estréia oficial deles no Garage Estudio, em São Paulo, dia 17 de outubro. Seguem informações do evento:

Serviço
Rua Tucuna, 994 - Pompéia (São Paulo)
Horário: 22h00
Ingressos: R$ 10 até as 23h / R$ 15 depois


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