Novas roupagens da nova música brasileira que não devem nada à original

Já viraram frequentes as coletâneas de novos nomes da música brasileira homenageando discos clássicos e artistas essenciais. Também são frequentes as versões soltas para canções escolhidas a dedo para uma ocasião especial.

Mas o legal dessa história toda é que muita gente se dedica e consegue imprimir uma nova marca a uma canção já tão conhecida do grande público. Nós selecionamos 8 versões que irão fazer você enxergar músicas conhecidas com novos olhos - e ouvidos.

Confira:

O Terno promoveu a amizade entre o Tame Impala e o Clube da Esquina


Winter - Time

Por que não deve nada à original: O dream pop carismático trazido pela banda metade brasileira, metade americana, faz com que a canção do Pink Floyd flerte com uma nova geração (que cresceu ouvindo seus álbuns) tão inventiva quanto a década de 70. Na voz de Samira Winter, Time é uma canção ainda mais atual.

Mahmundi - Tarde em Itapuã

Por que não deve nada à original: A canção possui destaque para a exaltação da tarde em Itapuã com um instrumental ensolarado e minimalista, mas sem deixar de ser pop. 

Cícero - Barely Legal

Por que não deve nada à original: Ouvir a versão de Cícero para Barely Legal é como ouvir a música pela primeira vez. A leveza do violão carioca que explode em guitarra é uma extensão de seu primeiro trabalho, Canções de Apartamento. É uma faixa a mais para as 10 que marcaram sua estreia que também lhe trouxe grande visibilidade.



Single Parents - Slide Away

Por que não deve nada à original: Unir o britpop com o shoegaze, dois marcos dos anos 90, foi uma tacada de mestre. O pessoal da Single Parents desconstrói os irmãos Gallagher e traz a canção para si de uma maneira irresistível.

Phillip Long - Como Nossos Pais

Por que não deve nada à original: O Damien Rice brasileiro mora em Araras, no interior de São Paulo. Levar essa característica, somada ao ar interiorano, a uma canção de Belchior tão conhecida dos concursos de calouro, deixa a canção longe de se parecer com uma pérola batida e destaca a sua beleza de forma delicada.


O Terno - O Trem Azul

Por que não deve nada à original: Em um bar, o Tame Impala poderia dividir uma cerveja com o Clube da Esquina que não haveria perigo de conflitos na hora da escolha da marca. O Terno tratou de ser o garçom e brindou esta nova amizade como se ela sempre tivesse existido.

Vivian Benford - Cheia de Manias

Por que não deve nada à original: O Raça Negra é tão pop que merecia uma roupagem à altura, destacando suas composições e as histórias por detrás delas. Ao sair fora da caixa do pagode, Vivian Benford mostra o quanto Cheia de Manias pode ser plural.


SILVA - Mais Feliz

Por que não deve nada à original: Conhecida na voz de Adriana Calcanhotto, a composição de Cazuza se renovou com o tratamento fino feito por SILVA. É uma versão para ouvir de sorriso aberto.

Um comentário:

  1. menos né? um monte de discos homenagens e covers lançados no Brasil e um monte de versôes beeeeem meia boca. bem ao estilo do raquitico roquinho nacional. Mas sim, há aqui algumas versoes bem interessantes! saúdo e torço pela nossa música, pelo nosso cenario de rock, mas nâo dá pra levantar bandeira, pelo menos ainda, né?~

    abraço e esperando dias melhores!

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