Cinco bandas de Campinas que conquistaram meu coração e mais

Um olhar rápido sobre o que acontece no meio musical da cidade do interior paulista

por Izadora Pimenta

Francisco, El Hombre, uma das bandas da lista


Sim, este é um post bairrista. 

Mas, como a fanpage do BACKBEAT já adiantou, eu tenho estado muito empolgada com as boas bandas que vêm surgindo em Campinas, São Paulo, cidade na qual moro.

Para começar, geografia: Campinas é uma cidade do interior paulista que fica a 100 km da capital. Com pouco mais de 1 milhão de habitantes segundo dados de 2012 do IBGE, a cidade é conhecida pelas suas duas grandes universidades (Unicamp e PUC-Campinas), seus dois times de futebol (Ponte Preta e Guarani) e pela sua classificação nas cabeças das maiores tarifas de transporte público do país (aqui não iremos falar de água alguma, apesar de talvez ser verdade).

A cidade possui uma cena interessante para a música independente. Falando direto de nossa era pós-Los Hermanos e pós-febre emo, que lotava shows no Centro Cultural Evolução (R.I.P.) e no Hammer (hoje Espaço MOG), e sem desmerecer toda uma cena punk que também é um tanto quanto histórica, mas que não será nosso enfoque, em 2008 surgiu por aqui o Rock 'n' Beats, que hoje faz festas apenas em São Paulo e nos deixa saudades, pois mostrou algumas coisas que jamais poderíamos ter visto antes, como uma fila quilométrica para assistir ao show de uma banda alternativa (Copacabana Club, agosto de 2009) e uma iniciativa que se transformou em um site que hoje é lido por todo o país (e até em alguns outros cantos do globo). 

Perpendicularmente e após isso, outros produtores também se esforçaram para trazer bons nomes (destaque para o Gomes e cia., sempre atrás de coisa boa), e em 2012  pudemos ver gente como Black Drawing Chalks e Vivendo do Ócio levando um grande público. E agora, em 2013, o projeto Pulsa Nova Música, do Christian Camilo (um dos idealizadores do Rock 'n' Beats e proveniente também de uma banda que fez um nome por aqui e outros cantos, a Instiga) já trouxe Pélico e Phillip Long e possui uma manga recheada ainda com Phill Veras, hidrocor e Nevilton para os próximos dias, além de preparar um festival e também investir em algo bastante interessante: os tais artistas da nossa cidade.

Recentemente, algumas destas bandas tomaram minha atenção que passei a achar injusto que elas ficassem só por aqui - e elas, naturalmente, estão dando voos mais altos, tanto é que alguns dos nomes que iremos apresentar neste post possam ser já velhos conhecidos do leitor. 

Então acompanhe aqui uma lista de algumas bandas de Campinas que têm tudo para conquistar seu coração.

O meu já está conquistado.

♥: Conquistou meu coração com o primeiro EP e depois, quando lançaram Lugar Comum, o primeiro single do único álbum lançado pela banda até então, autointitulado. Desde então já foram alguns shows (autorais, já que eles também são conhecidos por tocar cover de Los Hermanos) assistidos e uma parceria interessante na Is This Indie, do Rock 'n' Beats, coletânea para a qual eles fizeram uma versão de Soma.

♥:  No ano passado, a Karina Pilotto descreveu todo o seu amor pela banda aqui no BACKBEAT, eu assisti ao filme e também gostei do que vi. Mas amor mesmo veio com o primeiro show autoral dos caras, realizado na Casa São Jorge. Dá pra ver um pouquinho do que foi no vídeo abaixo:

♥:  Foi uma paixão um tanto quanto engraçada, já que a superlotação no show da banda no Bar do Zé, em dezembro, me fez ter um raro ataque de pânico. Mas gostei do que vi em palco a ponto de colocar o show entre os melhores nacionais que vi em 2012.


♥: Eu já vi a Oito Mãos tocar quando eu estava bem triste. E posso dizer que o show da banda me deu um gás necessário para o resto da noite.


♥: Tinha escutado uma coisa ou outra antes e gostado, mas um e-mail enviado pela banda com o clipe de Ground foi certeiro.


Os próximos dias em Campinas

Para quem gosta de ter várias opções de rolês alternativos, os próximos dias em Campinas prometem ser bem férteis. Nesta sexta (26), temos o Phill Veras pelo Pulsa Nova Música no Bar do Zé (evento aqui). No dia (28), a Feira Contemporânea Domingo traz shows da Oito Mãos, LADS e Holger (evento aqui). O Pulsa Nova Música também traz hidrocor na quinta-feira (2), na Casa São Jorge, onde também irá ocorrer o lançamento do "Escuta Essa", o novo livro organizado pela pessoa que vos escreve (evento aqui). Na sexta-feira (3) você pode conferir a primeira festa do Beco 203 no Bar do Zé (evento aqui) e na outra sexta (10) temos a Francisco, El Hombre no Espaço MOG (evento aqui).

Se continuar neste ritmo, vamos gostar cada vez mais.

5 comentários:

  1. Gostei muito das bandas. Mas não entendo qual a vantagem de escrever músicas em inglês... Vamos aproveitar mais nosso português, valorizá-lo. Só acho, mas gostei muito de Francisco, El Hombre!

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  2. "bla bla bla escrever em português"
    cada vez mais eu acredito que nenhuma banda deve compor ou gravar pensando em agradar seu público.
    o que seria de radiohead se eles quisessem agradar as pessoas? a gente ficaria pra sempre com um Pablo Honey regravado.
    ninguém vai falar pra Bjork que ela deveria parar de gravar em inglês, né? E Sigur Rós então...
    eu acho massa pra caralho composições em português, eu gosto de cantar e ouvir a língua a qual eu aprendi desde bebê e tudo, mas estou tentando parar de ser aquela pessoa que reclama sobre como as bandas brasileiras cantam em inglês.
    felizmente eu tive acesso a aulas de inglês e aprendi coisa ou outra. não me incomodo sobre o "esforço" de traduzir - até porque, o trabalho de interpretação se dá em qualquer língua, nativa ou não.
    a música é uma parada universal.


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  3. eu discordo do wjunioreal, escrever em inglês sim.. pq é da fonte que esses caras bebem. É que nem você pedir pra um alemão cozinhar arroz e feijão, o cara simplesmente não vai conseguir pq o filho da mãe só come salsicha. Então pouco importa, melhor é cantar!

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  4. https://soundcloud.com/alguns-trocados

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  5. https://soundcloud.com/alguns-trocados

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