Sobre artistas que cantam em cima de uma base pré-gravada
por Marcos Xi
The Radio Dept. no Rio de Janeiro (Foto: Caique Barbosa - via Fita Bruta) |
Queria entender por que os três últimos shows de bandas suecas que eu vi por aqui foram no estilo Live P.A., vulgo ‘cantar em cima de uma base pré-gravada’. Jay Jay Johanssen, Jens Lekman e The Radio Dept. utilizaram-se desta tática para se apresentar no Brasil nos últimos dois anos, e isso me intrigou bastante.
Enquanto você ouve aquela música bem definida e toda detalhada no álbum, ao vivo você encontra a mesma coisa, parecendo que você está ouvindo o disco com mil desconhecidos ao seu lado, olhando para o seu artista e ele prestando atenção no click da batida no ouvido, para não perder o tempo e ter que recomeçar toda a canção, como ocorreu com o The Radio Dept no Rio de Janeiro.
O governo sueco ajuda aos artistas do país a viajarem pelo mundo divulgando sua música. É um pequeno incentivo que não cobre gastos e custos, mas ajuda na divulgação do trabalho – as três vindas do Jens Lekman podem confirmar isso. O mais interessante é que temos alguns exemplos muito bem sucedidos aqui no Brasil, como o SILVA, a Mahmundi e, por algum tempo, o Boss in Drama (que agora já trabalha com banda).
Na verdade, eu não sei se isso é bom ou ruim, assim como eu não sei se devo me orgulhar de ter visto shows dessas bandas só voz, às vezes guitarra, e playback, mas fica a dica: na hora de suecar a música, para ficar mais divertido, coloque logo uma máquina de videokê no palco. Pelo menos o público pode saber a letra das canções.
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